domingo, 18 de novembro de 2012

E a vida que rasga
sangra
arde
Vida arte 
Rima
Poesia
E a vida que se divide
Se comparte
Vida que parte
Sem ao menos dizer porquê.


sábado, 21 de abril de 2012

Quase

um quase querer, um quase sentir, quase o meio, quase um passo, quase cansaço, a beira da estrada,  olhos voltados para os caminhos, quase regresso,  quase aceito,  outro passo, o olhar para o que ficou, quase perdido.
Quase abandono, quase  dor, quase um luto, quase sentir, quase nada.. E quase chego, quase alcanço, quase a tempo, quase inverno, quase, cinza, quase morte. Quase vivo e ja morri.

sábado, 24 de março de 2012

Não houve abraço
Sem despedida
Porque nós nunca vamos
Para o amor não ha partida

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Da minha cadeira à Beira Mar Norte

Eram todos iguais os rostos
Opacos, cor de cinza
Roubaram-lhes o viço?
Eram todos iguais os rostos
Cerrados, circunspectos
Enclausurados
Eram todos iguais os corpos
Iam e vinham
Por tão mera condição
Corpos em movimento circular
Dão-se menos ao silêncio, aos olhares
Aos sorrisos, às  coisas de dentro
Repetem, seguem a manada
Experimentam o que ja fora experimentado
É mais seguro!
Tolos, pensam...
Se diferem a casca, idêntico é o miolo
Não convem arriscar
E pisam
em terra firme
E olham
Ao longe das janelas mortas
E vivem
Como se fossem felizes
Os homens que não aprenderam amar.
 Imagem de autoria desconhecida 
Porque a vida precisa fluir, precisa de rumo próprio, de leito e correnteza. Viver é impreciso. A vida é um rio.